Gaiad, Salazar e X'Andee são levados a outro escritório no mesmo andar. Quando a porta se abre, veem um espaço menor, mas igualmente suntuoso. Atrás de uma mesa, há um pau'ano.


Ah, senhores! Bem-vindos, diz ele com o que parece ser um sorriso, mas deixa dúvidas. Sou Vil Matel, ministro de finanças de Ord Cantrell. Fui informado de que têm questionamentos...

Vil indica as cadeiras diante de sua mesa e o sofá junto à parede.

---

No espaçoporto, mal Kra-ka para o speeder e seu comlink bipa.

Major Brom, estamos aguardando. Onde está o cargueiro? Ele já decolou? diz Hera.
This message was last updated by the GM at 13:58, Fri 01 Mar.

Antes de estacionar, Brom responde discretamente no comunicador:

Tentarei impedir que o façam, general! Vou abordá-los agora para inspeção.

Brom terminou de chegar no hangar com a speeder e foi direto até o cargueiro que se preparava para decolar. Dirigiu-se a quem parecia estar no comando: Major Brom, Forças Especiais. Todas as decolagens estão suspensas para inspeção!, anunciou breve e rigidamente.

Sem demora, adiantou-se a entrar no cargueiro, atento a todos os detalhes.

O oficial do espaçoporto não esboça resistência e sinaliza que o cargueiro pare os procedimentos de decolagem. Um grupo de solados da Nova República se junta a Kra-ka diante da nave, que logo em seguida baixa sua rampa de entrada. Um mon calamari desce do cargueiro.


Qual o problema, oficial?

Salazar ignora as cadeiras, Sr. Matel, precisamos de uma lista das empresas cantrellanas que venderam material para o rebutalho imperial, bem como bancos e todos os demais envolvidos nestas negociações. Das empresas, queremos a lista do que material contratado e o que chegou a ser entregue.  E, pessoalmente, o que sr. sabia deste negócio? termina com sua voz monótona e seu olhar entediado.

X'Andee faz sua apresentação cordial ao se sentar em uma das cadeiras. Mas assim como Salazar ele não estava muito disposto a fazer um longo interrogatório com um burocrata, o que fica visível em sua expressão. Senhor Matel, concordo com o Senhor Salazar. Os documentos serão importantes para a investigação. Mas estou mais interessado na sua explicação pessoal, como algo desse tamanho passou despercebido? O Jedi da uma pequena puxada na cadeira, se inclinando pra frente e arqueando o corpo, como se fosse dizer algo constrangedor. Se tiver algo importante para dizer podemos garantir sua segurança.

Novamente, Gaiad permite que os dois conduzam os questionamentos. Ele para ao lado da porta, cruza os braços e observa as expressões do ministro.

Não se preocupe, fica só aqui entre a gente, disse de longe.

Ordens de inspeção, doutor. Tranquilo, respondeu sem emoção na voz. Brom sobe a rampa, para dar uma olhada, dizendo: Esses dois soldados farão uma revista. Mostre a eles o relatório de carga, por favor.

Vejo algo de suspeito? Equipamento militar? Um compartimento que poderia esconder pessoas?

Se nada me parecer suspeito...

Então, dirigindo-se ao restante do grupo: Vocês, comigo. Encaminhou-se depressa para o cargueiro imperial que reconheceu ter fugido da batalha. Atividade, rapaziada!, alertou os seus soldados em voz baixa.

Claro, coronel! Apenas uma questão de ordem: sou ministro, não "senhor". Vejamos... diz Vil e aciona o holoprojetor de sua mesa.

O ar diante do grupo se enche de tabelas e gráficos, listando empresas, bancos, informações de estoque etc.

As ordens de compra se concentraram em peças e sistemas navais. Pelos meus cálculos, cerca de 80% foi entregue antes da... aham... interrupção. Quanto a saber sobre o negócio, é claro que estava ciente - afinal, sou o ministro das finanças. Essa foi uma compra considerável que mobilizou todo o setor naval de Ord Cantrell. E não havia indícios de má fé.


Vil sorri. Nada passou "desapercebido", mestre Korrt. Como acabei de dizer, estava ciente da transação. Se pergunta como não sabíamos que eram remanescentes imperiais por trás da compra, bem, somos administradores, não espiões ou criminosos.



Vil assume uma expressão confusa. Como assim? Estou em perigo?

---

Não encontrando nada de suspeito no cargueiro comandando pelo mon calamariano, Kra-ka se dirige à outra nave.


A nave está com a rampa de acesso abaixada e dois humanos conversam na porta. Ao verem Kra-ka e os soldados se aproximando, um joga o deathstick  fora e o outro acena com a cabeça.

Salve, diz este.

Deathstick = cigarro
This message was last edited by the GM at 17:54, Mon 26 Feb.

O tom áspero com Salazar faz X'Andee ajustar sua fala, contra sua vontade, para agradar o burocrata. Claro Ministro Vil, entendo sua posição. Não havendo motivos para desconfiar não há porque investigar. O Jedi se levanta para tentar tornar o dialogo mais casual. Mas entendo também que o senhor deve ser muito atarefado, não deve tratar de todo pequeno detalhe. Um detalhe que, caso escondido, poderia deixar essa questão passar despercebida... Ele diz com uma leve pausa. Talvez tenha um assessor para ter cuidado desse caso em específico? Ou talvez, tal ordem de uma possível negligência pudesse vir de cima? Ele chega mais próximo e fala em tom baixo e sereno, E nesse caso em específico reforço, podemos garantir sua segurança....

Descansar, soldado!, respondeu em tom amigável, embora a aproximação pudesse ter parecido intimidadora. Brom apenas indicou aos seus que montassem guarda, enquanto chamava os dois tripulantes: Chega aí! Vamos conversar, disse já se subindo a rampa de acesso.

Ao entrar, Brom esquadrinhou minuciosamente o interior da nave, à procura de qualquer vestígio que pudesse comprometê-los com os imperiais. Depois de instantes inquietantes de silêncio, falou aos tripulantes: Há quanto tempo estão nesta função? Sabe, com uma boa recomendação, vocês poderiam chegar a postos de prestígio, aqui ou em qualquer parte da galáxia. Dizia isso de maneira discreta, ensaiando uma certa intimidade. Mas eu preciso da sua cooperação. Se me entregarem o rabo preso da chefia com os imperiais, eu lhes garanto um futuro brilhante, longe dessa sujeirada. Basta uma ligação.

Canta, curió!...

Salazar ignora o holograma e não desvia o olhar de Vil, Minsitro, vamos precisar de uma cópia destas informações. Esta empresa de Malastere já havia feito negócios com vcs antes? E um pedido desta monta não chamou sua atenção?

Mas é claro que não, ministro! Gaiad tenta acalmá-lo, na esperança de deixar o ministro mais suscetível a cooperar. Só queremos resolver isso o mais rápido possível e permitir que o comércio do planeta volte ao normal.

As desculpas pareciam convincentes, mas o Jedi começava a perder a paciência com as voltas dos burocratas. Será que estão mentindo ou realmente não há culpados? Gaiad tenta uma técnica que apenas havia ouvido falar. Com o uso da Força, ele cerrou os olhos e observou com minuciosidade as microexpressões do ministro. Focado, o jovem sentia até a respiração de Vil Matel. Será que você está escondendo algo?

12:04, Today: Gaiad Bludmat rolled 9 using the Unisystem system (1d10+3).  See thoughts (4+4-5). +4 do force pool – 9

É verdade que não posso supervisionar tudo, mestre Korrt, mas dado o volume dessa operação, ela teve minha total atenção. Posso lhe garantir que não houve "questão" alguma, diz Vil com confiança.


Não, não fez e também não a conhecia, mas isso não é surpresa. É uma empresa de outro planeta, afinal. Quanto ao pedido, coronel, é verdade que há outros fabricantes de peça na galáxia, mais conhecidos até, mas nossa indústria possui preços competitivos, então não é de se estranhar que tenham nos procurado.


O hiperfoco de Gaiad se torna quase um transe e, por um breve momento, ela entra em sintonia com Vil, percebendo medo no ministro, apesar de sua aparência calma e articulada.

A rapidez da conexão impede o jovem Jedi de identificar a fonte da emoção: se Vil esconde algo ou se está intimidado por ter dois Jedi e um coronel insinuando constantemente que ele está em perigo.

---

Ué, chefia. Eles tavam vendendo coisa pros imperiais. Quer mais rabo preso que isso?! diz um deles e os dois riem. Nosso cargueiro não costuma fazer esse serviço, mas os caras tavam desesperado atrás de nave extra pra poder entregar a mercadoria, porque os compradores apareceram de repente. Aí, a gente topou. Só descobrimos que era o Império quando chegamos em órbita. Fazer o quê, né? completa ele, dando de ombros

"Chefia" não, soldado. "Major", censurou-o. Mas vamos! Agora é a chance de crescer, que essa gente nunca daria a vocês! Me deem algo que todos já não saibam, algo útil!

Quando o pau quebrou lá em cima, referindo-se à órbita, esse cargueiro deu no pé. Cadê a carga? O que era? Se foi encomendado, quem comandava a negociação?

Se aquela escória tinha pressa, é porque sabiam que estávamos na cola deles... ou estavam na iminência de executar algum plano... Mas, o quê?

Percebo. continua Salazar, Quando e como o ministro teve conhecimento da transação?

Gaiad tenta usar a empatia para decifrar os sentimentos do ministro. Ele também se sentiria ameaçado na presença de patentes "superiores".

O jovem se aproxima de Vil e uma fala branda e num tom amigável, diz: Olha, consigo perceber que você está com medo. Quero deixar claro que não somos os inimigos aqui; os imperiais é que são. Se você me garantir que não sabe absolutamente nada, irei acreditar e não farei mais perguntas. Mas se lembrar de algo ou se algo acontecer, entre em contato com a República imediatamente. Antes que o ministro pudesse responder, Gaiad já o agradeceu. Obrigado pela sua colaboração.

"Soldado" não, major – não somos milico, somos os donos da Famigerada Malany, diz o mais falante, dando uns tapinhas na parede. É claro que a gente deu no pé! Imagina se a gente vai se meter em briga de rancor grande. Tinha destróier imperial, cruzador republicano, um milhão de caças. Óbvio que demos meio volta.

A carga ta aí, diz o outro com um meneio de cabeça para a área de carga. São equipamentos pra naves. A gente foi contratado pelo governo. Eles tavam administrando a parada.

---

Há cerca de seis meses, quando a encomenda foi feita. Os empresários vieram até nós explicando que precisavam de ajuda para atender ao pedido.


Medo? diz Vil e ri. Por que eu teria medo de vocês? Não faz sentido , garo... mestre Bludmat. Mas, enfim: não sei absolutamente de nada. Os senhores parecem estar insinuando algo, mas não tenho ideia do que seja.

Não estamos insinuando nada ministro, mas fazer negócios com remanescentes imperiais é uma ofensa grave. O senhor deve estar ciente, que há centenas de militares republicanos mortos em órbita, neste momento, em decorrência desta transação. Tenha certeza que vamos investigar tudo muito a fundo. Salazar olha para o holograma e depois para o ministro, Como disse, vou precisar de uma cópia destas informações, bem como tudo que tiver sobre esta empresa de Malastare, especialmente a data de fundação. Contamos com a sua colaboração, ministro.

Ele olha para os padawans e faz um sinal para sairem da sala. Fora do prédio, Vamos para a shuttle, garotos, preciso falar com os generais.
This message was last edited by the player at 21:45, Wed 28 Feb.

X'Andee aproveita a deixa de Salazar e complementa com um olhar frio e voz seca, Estamos a meses nessa investigação Ministro, e ainda assim tivemos mais de 50 mil mortos e feridos hoje. A República não irá deixar isso passar. Ninguém irá lucrar com a vida de pessoas. Se alguém aqui agiu dessa forma nós iremos descobrir, e eu me certificarei que os responsáveis sejam punidos de forma apropriada. Ele se levanta e anda até a porta, de costas e com a cabeça de lado ele fala ao o ministro, Essa é sua última chance de nos contar se sabe de algo. Não me faça ter que voltar aqui ...

Gaiad apenas acena com a cabeça para o ministro; já não tinha mais perguntas a fazer. Ele segue a sugestão de Salazer e responde. Concordo, acho que não encontraremos nada aqui. Será melhor interrogar o Parian.

Hmmm... entendo. Brom jogou o peso mais para uma perna, apoiando a mão no quadril. Seus dedos roçando o cabo da blaster. Abram as caixas, ordenou secamente. A outra mão segurava o comunicador.

Qualquer movimento em falso... e vão ver vovó!

Claro, coronel. Mandarei entregar um bastão de dados com as informações, diz Vil.


Mestre Korrt, com já disse antes, não sei do que os senhores estão falando.

O grupo deixa o escritório e são acompanhados pelo assessor até a plataforma de pouso. Alguns minutos depois, a shuttle chega para levá-los.

---

Os tripulantes levam Kra-ka até a área de carga e abrem algumas das caixas, confirmando que o carregamento é de peças e sistemas de espaçonaves.

A gente vai mandar descarregar isso aí e seguir viagem. Quando podemos decolar?
This message was last edited by the GM at 18:48, Thu 29 Feb.

Brom examina com cuidado as peças. Teria de relatá-las depois aos outros.

Estão liberados. Esses soldados acompanharão a descarga, respondeu sem cerimônia. Desceu a rampa e convocou os seus soldados: Atenção, pelotão! Deu ordens de vigiarem e garantirem que a descarga fosse feita, antes de a nave decolar. E que depois retornassem para reportar-se ao imediato.

Voltou para a sua speeder. Enquanto preparava-se para partir, disse ao comunicador: Estou saindo do espaçoporto. Onde vocês estão? Onde a gente se encontra?

Salazar responde a Kra-ka e ele encontra a shuttle no próprio espaçoporto. Logo, o grupo está seguindo rumo à Perseverante.